Paragominas
ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS
HISTÓRICO
O processo de ocupação da área que mais tarde daria origem ao município de Paragominas, está relacionada ao povoamento do Estado do Pará, na década de 50, a partir da abertura de Rodovias e Projetos de Colonização. Foi efetivada com a presença de camponeses, que foram os pioneiros na região, antes da construção da rodovia Belém - Brasília, seguidos pelas primeiras companhias colonizadoras: Colonizadora Belém-Brasília, Colonizadora Marajoara e Cidade Marajoara, que não obtiveram êxito.
Mais tarde, o governo federal divulgou a instalação de uma colônia federal na região, que nunca chegou a se estabelecer, bem como os planos estaduais para a formação de duas colônias naquele território.
Registra-se, também, que antes mesmo da chegada dos camponeses, com autorização do Governo do Estado, especuladores de Goiás haviam penetrado na floresta, ao longo do rio Capim, com o objetivo de efetuar levantamentos e titular terras para compradores de Uberaba e Itumbiara, em Minas Gerais.
Posteriormente, a proximidade da rodovia BR-010 (Belém-Brasília), provocou uma grande procura pelas terras entre proprietários de Minas Gerais e Espírito Santo, além de companhias de especulação de terras de São Paulo, ao mesmo tempo em que camponeses penetravam na região, com o objetivo de enfrentar a competição com os "grileiros", que emitiam títulos falsos e os asseguravam, através do uso da força.
Houve uma rápida concentração de propriedades, nesse clima de violência, e as tentativas de colonização fracassaram. Porém, muitos colonizadores, na sua maioria imigrantes, se fixaram na área, de onde nasceu um povoado, que foi se estruturando. Posteriormente, devido a sua progressiva expansão, os moradores pleitearam a emancipação política administrativa daquele povoado.
O Município obteve autonomia em 1965, durante o Governo de Jarbas Gonçalves Passarinho, com a Lei nº 3.235, de 4 de janeiro, formado com área desmembrada de parte do município de São Domingos do Capim e parte do distrito de Camiranga, que pertencia ao município de Viseu.
Paragominas, em 10 de maio de 1988, através da Lei nº 5.450, no Governo Hélio Mota Gueiros, teve sua área desmembrada para criação do município de Dom Eliseu, antigo povoado chamado Felinto Muller, que foi elevado à condição de distrito, passando a se chamar Dom Eliseu.
O primeiro prefeito de Paragominas, Amílcar Batista Tocantins, foi nomeado pelo governo federal.
Sua denominação constitui a abreviação do nome de três Estados: Pará, Goiás e Minas Gerais.
No ano de 1991, o município de Paragominas teve seu território desmembrado, para a criação do município de Ulianópolis, através da Lei nº 5.697, sancionado pelo então Governador Jader Barbalho.
Atualmente, o Município é formado pelo distrito-sede (Paragominas).
CULTURA
A manifestação religiosa que merece destaque no município de Paragominas é a festa em homenagem a Santa Terezinha, que acontece na primeira semana do mês de outubro. Consta de procissão, missa, arraial e parque de diversões.
São realizadas, no Município, outras festas de caráter popular, como a Semana da Seresta, no início de janeiro, organizada pela Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), a Feira Agropecuária, em agosto, e a Feira da Integração, no início de novembro.
As danças típicas do Sul do país predominam nas manifestações de cultura popular, isso se deve ao fato de que sua população foi formada por grupos populacionais diversificados, oriundos das mais distantes regiões do País.
Os artesãos locais, utilizando a madeira, a linha e o sisal como matérias-primas, produzem móveis rústicos, entalhes e vasilhas utilitárias.
As praças da Bíblia e Célio Miranda (antes chamada de Três Corações, em homenagem aos fundadores da Cidade) constituem o patrimônio histórico de Paragominas.
No Município, existem um cinema e duas Bibliotecas Públicas como equipamentos culturais disponíveis.
ASPECTOS FÍSICO-TERRITORIAIS
LOCALIZAÇÃO
O município de Paragominas pertence à Mesorregião Sudeste Paraense e à Microrregião de Paragominas.
A sede municipal apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 03o 00'00'S e 47o 21'30"W gr.
LIMITES
Ao Norte - Municípios de Ipixuna do Pará e Nova Esperança do Piriá
A Leste - Estado do Maranhão
Ao Sul - Municípios de Dom Eliseu, Ulianópolis e Goianésia do Pará
A Oeste - Município de Ipixuna do Pará
SOLOS
Os solos existentes no Município incluem várias associações, a saber: Latossolo Amarelo, textura muito argilosa, Latossolo Amarelo, textura argilosa e Concrecionários Lateríticos; Latossolo Amarelo, textura argilosa, Latossolo Amarelo, textura média e Areias Quartzosas. Há presença de Solos Aluviais e Solos Indiscriminados nas áreas de várzea.
VEGETAÇÃO
A vegetação originária do Município era representada pela Floresta Densa da sub-região dos Altos Platôs do Pará-Maranhão, pela Floresta Densa de Planície Aluvial e dos Ferraços. Entretanto, os constantes desmatamentos, provocados pelo avanço da agropecuária na região, reduziram, drasticamente, as grandes áreas cobertas pela floresta original, dominadas, hoje, por extensas áreas de Mata Secundária (Capoeira nos seus diversos estágios de desenvolvimento).
PATRIMÔNIO NATURAL
A alteração da cobertura vegetal natural em imagens LANDSAT-TM do ano de 1986, era de 24,324%. Contém parte do lado direito da bacia do rio Capim, parte do lado esquerdo da bacia do rio Gurupi. Também faz parte do seu patrimônio natural a Colônia Indígena do Canindé, com área total de 125.000 ha (1.250 km ²) na sua porção mais ao Sul.
TOPOGRAFIA
O Município possui uma topografia onde os níveis altimétricos apresentam pouca variação. Contudo, tais níveis se encontram em cotas mais elevadas que a média dos municípios da Microrregião de Paragominas. A referência que se tem é da sede municipal, onde a altitude alcança cotas aproximadas de 40m. Entretanto, mais ao Sul do Município, essas cotas crescem um pouco mais.
GEOLOGIA E RELEVO
A geologia do Município é representada pela formação de Itapicuru, do Cretáceo, que apresenta arenitos, predominantemente vermelhos, finos, caulínicos, argilitos vermelhos laminados e calcário margoso fossilífero.
Existe, ainda, a presença de sedimentos do Terciário, Barreiras e Quaternários subatual e recente. O relevo apresenta tabuleiros relativamente elevados e aplainados, formas colinosas dissecadas, baixos tabuleiros, terraços e várzea.
Morfoestruturalmente, faz parte da unidade que se convencionou chamar de Planalto Sul do Pará/Maranhão.
HIDROGRAFIA
Existem vários rios importantes no Município. Na porção Sudeste-Nordeste está o rio Gurupi, que separa o Pará do Maranhão. Na sua margem esquerda, aparecem vários afluentes, que se localizam no Município, tais como o Gurupizinho, o Uraim, o Coaraci-Paraná, o Croantá e o Piriá. Em direção oposta, no sentido Oeste, está o rio Surubiju, que limita o município com Rondon do Pará e recebe uma série de igarapés na sua margem direita, que pertencem a Paragominas. O rio Surubiju é, no Município, o afluente mais importante do rio Capim.
O rio Capim é outro curso d'água de maior importância do Município e serve de limite entre Paragominas e São Domingos do Capim. Primeiro possui a direção Oeste-Leste, depois, a direção Norte, até chegar ao paralelo de 3o, onde recebe o rio Candiru-Açu, seu último afluente da margem direita dentro do Município, serra do Tambaú de limite natural com São Domingos do Capim. O rio Uraiam banha a sede do Município a Noroeste.
CLIMA
O clima do município de Paragominas é do tipo mesotérmico e úmido. A temperatura média anual é elevada, em torno de 25o C.
O período mais quente, com médias mensais em torno de 25,5o C, coincide com os meses de primavera no hemisfério Sul, e as temperaturas mínimas diárias de 20o C, ocorrem nos meses de inverno no referido hemisfério (junho a agosto).
Seu regime pluviométrico fica, geralmente, entre 2.250 mm e 2.500 mm anuais.
As chuvas, apesar de regulares, não se distribuem, igualmente, durante o ano, sendo de janeiro a junho sua maior concentração (cerca de 80%), implicando grandes excedentes hídricos e, consequentemente, grandes escoamentos superficiais e cheias dos rios. A umidade relativa do ar gira em torno de 85%.
Fonte: SEPOF-PA
Portal Amazônia
06/02/2007 - KR
http://portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az.php?idAz=637
sábado, 18 de abril de 2009
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