sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Intervozes divulga carta de apoio ao MST

Documento do Ministério Público do Rio Grande do Sul pede que seja declarada a “ilegalidade” do movimento, em uma clara ação de um órgão do Estado brasileiro contra os direitos de liberdade de expressão e de associação

Como outras centenas de entidades e milhares de pessoas de todo o mundo, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social enviou à direção do Movimento Sem-Terra e torna pública carta de apoio à organização em função da tentativa do Ministério Público do Rio Grande do Sul de declarar ilegal o MST.

Na carta, o Intervozes repudia “essas ações do Estado, que retrocedem aos tempos da ditadura”.

“A liberdade política, o direito de ir e vir, a liberdade de expressão e manifestação estão sendo atacados no Rio Grande do Sul com a criminalização de lideranças, uso da violência para dispersar manifestações, proibição de marchas, proibição de qualquer deslocamento de famílias acampadas, além da destruição de outros acampamentos, incluindo posto de saúde e escola”, afirma o coletivo no documento.

Veja a íntegra da carta enviada ao MST:

Às/aos companheiras/ os do MST,

Não bastasse a criminalização simbólica dos movimentos sociais cotidianamente por parte da mídia, assistimos agora, entre outras ações, à tentativa de criminalização oficial do MST por parte do Ministério Público do Rio Grande do Sul ao propor a dissolução do movimento.

Repudiamos essas ações do Estado, que retrocedem aos tempos da ditadura. As medidas de repressão ao movimento agora sequer se relacionam com a questão fundiária. Em documentos produzidos pelo MP-RS e pelo serviço de inteligência da Brigada Militar gaúcha vemos que a repressão se justifica com divergências políticas e preconceito ideológico.

Para embasar suas ações repressivas, os promotores destacaram que o MST é anti-capitalista e esquerdista. Mencionaram que o movimento se inspira nas obras de Florestan Fernandes, Paulo Freire, Chico Mendes, José Marti, Che Guevara e Anton Makarenko. Denunciam que o movimento é “político” e que seu objetivo é o socialismo. Afinal, em um estado democrático de direito, tão defendido pela Justiça brasileira, qual a relevância jurídica destas citações em documentos oficiais?

Os mentores desta ação orquestrada, articulados dentro da estrutura de Estado, são explícitos quanto aos seus objetivos: dissolução do MST, quebrar a espinha dorsal do movimento.

A liberdade política, o direito de ir e vir, a liberdade de expressão e manifestação estão sendo atacados no Rio Grande do Sul com a criminalização de lideranças, uso da violência para dispersar manifestações, proibição de marchas, proibição de qualquer deslocamento de famílias acampadas, além da destruição de outros acampamentos, incluindo posto de saúde e escola.

Para nós, a ação reacionária se torna uma afronta quando, em um país com uma imensa dívida social e educacional, a força do Estado é usada para destruir uma escola de acampamento, ao invés de proteger e contribuir com aqueles que ele historicamente relega.

Entendemos que sem a atuação do MST em seus mais de 20 anos de existência, a reforma agrária no Brasil estaria ainda mais atrasada do que hoje e que o que se conquistou até aqui foi graças à legítima pressão da população organizada por movimentos como o MST.

Como coletivo que luta pela democratização da comunicação, sabemos que a mais nefasta repressão começa por sufocar as idéias, que os mais nefastos conservadores tentam abolir até as possibilidades de idealização daqueles que querem mudanças sociais. A partir daí utilizam toda força do aparato repressivo para impor o silêncio. Por isso, nos esforçamos para alertar a sociedade brasileira sobre esta forte ofensiva conservadora e manifestamos o nosso total apoio e solidariedade ao MST.

Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Fonte:

sábado, 4 de outubro de 2008

PA: homens explodem banco em tentativa de assalto



Usando explosivos pesados, um grupo de assaltantes armados provocou uma grande explosão em uma agência do Banco do Brasil no município de Ulianópolis, no sudeste do Pará, durante uma tentativa de assalto ocorrida nesta madrugada.
Houve troca de tiros com a Polícia Militar, mas ninguém saiu ferido. Os assaltantes fugiram sem levar nada. Segundo a PM, pelo menos seis homens faziam parte do bando, que estava equipado com armas pesadas, incluindo fuzis e várias pistolas.
- Eles usaram explosivos pesados e provocaram grande destruição na agência. A porta eletrônica foi destruída e até paredes foram pelos ares - disse o coronel PM Ailton Dias.
Uma guarnição da Polícia Militar chegou a trocar tiros com os bandidos, que não conseguiram entrar na agência. - Como houve reação, eles acabaram fugindo e aparentemente não levaram nada - avaliou o policial.
O grupo fugiu em um veículo que dava apoio à ação. - Eles entraram em uma estrada próxima. Ainda houve perseguição, mas eles fugiram - contou o coronel.
Segundo a PM, os bandidos não teriam conseguido levar nada porque o dinheiro estava nos caixas. - De acordo com o gerente, eles não mexeram nos caixas - explicou. O bando está foragido e a agência está fechada para perícia.

Fonte:

Localização

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